A criação da Lei Geral de Proteção de Dados define regras para recolher e gerenciar os dados dentro das instituições de saúde, especialmente porque são os chamados dados pessoais sensíveis. Hoje abordaremos 5 dicas para implementação da LGPD na sua clínica.
De acordo com uma regra, quando um dado é caracterizado como sensível significa que ele sofre “origem racial ou étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso, filosófico ou político, dado referente à saúde ou à vida sexual, dado genético ou biométrico, quando vinculado a uma pessoa natural”.
Em outras palavras, são os resultados de exames, receitas médias, prontuários, etc, que circulam o tempo todo em suas atividades cotidianas. Por isso, separamos 5 dicas para implementação da LGPD na sua clínica de maneira correta, para zelar por essas informações. Confira!
1 – Não adie mais a adequação
Comece agora. A implementação tardia impede um planejamento detalhado dos passos e a tranquilidade necessária para gerenciar esse projeto, que por sua vez envolve riscos legais e de relacionamento com os pacientes.
A lei prevê penalidades para quem não a cumprir, como multas ou sanções. Além disso, os clientes passam a conhecer seus direitos com a legislação sobre a proteção dos seus dados e exigirão que eles sejam aplicados.
2 – Defina uma política de acesso e de permissões das informações
Identifique todos os dados coletados e armazenados em sua clínica, desde funcionários até os pacientes atendidos. Após isso, pesquise quais pessoas têm acessos a eles, para saber se alguém não autorizado esteja visualizando-os.
O investimento em proteção física e virtual é indispensável para que as informações sejam armazenadas em ambientes seguros e controlados apenas por quem pode vê-las, isto é, aqueles que precisam para desempenhar suas tarefas.
Além disso, o fluxo de dados deve ser restrito e aberto conforme a responsabilidade de cada profissional. Por exemplo, uma secretária não precisa saber os registros do prontuário médico dos pacientes.
3 – Busque por soluções tecnológicas seguras
Como falamos, é preciso apostar em soluções tecnológicas seguras. As redes de acesso devem ser criptografadas e terem sistemas de monitoramento, principalmente para controlar os dados que são transmitidos aos planos e convênios de saúde.
Armazene seus registros em um espaço de nuvem e coloque senha com autenticação de dois fatores. Isso evita que o conteúdo seja violado por terceiros, como hackers, pois essa atitude pode gerar penalidades graves, tanto da agência regulamentadora quanto do titular.
4 – Treine bem todos os seus colaboradores
Toda sua equipe deve conhecer e se envolver nas regulamentações. Afinal, investir em tecnologia para assegurar a privacidade não será eficiente se os seus funcionários não colaborarem para que as regulamentações sejam realizadas adequadamente.
Eles devem ter o treinamento preciso para desenvolver a consciência coletiva sobre a responsabilidade de manusear os dados. Também devem entender com êxito como será a mudança de cultura interna e a implementação dos mecanismos de segurança.
5 – Alinhe sua política de segurança com seus fornecedores
Os seus fornecedores que recebem ou fornecem as informações dos pacientes precisam ter suas políticas de segurança bem definidas e alinhadas com a da sua clínica para que o processo seja eficaz.
Isso não vale apenas para operadoras de planos. Se você possui parceiros para divulgar seus serviços clínicos, dialogue e assegure que também estejam em conformidade com a lei, pois isso reduz riscos e eventuais penalidades para todos os envolvidos.
Gostou das dicas para implementação da LGPD na sua clínica? Essas são algumas das principais boas práticas para você aplicar em sua empresa e ficar em compliance. Esperamos que tenha ajudado a entender melhor sobre a lei e suas nuances.
Aprofunde seu conhecimento. Confira nossa série de conteúdos sobre como adequar sua instituição de saúde à Lei Geral de Proteção de Dados.