O Facebook é hoje a maior rede social do mundo, com mais de 2 bilhões de usuários cadastrados. Isso significa que a empresa coleta e guarda dados de todas essas pessoas. Sendo assim, ajuda os negócios a se posicionarem melhor dentro da plataforma para obter bons resultados com direcionamento de campanhas. Mas como fica a LGPD e o uso do Facebook?
Atualmente, a proteção e tratamento desses dados pessoais ganhou força e discussão, dando origem a muitas leis por muitos países, inclusive no Brasil. A Lei Geral de Proteção de Dados foi sancionada em nosso país e entrará em vigor em 2021. Por isso, para conter o uso indiscriminado dessas informações pelas organizações, estabelece algumas regras baseadas em alguns princípios.
E claro, a relação da LGPD e o uso do Facebook fica bastante evidente e precisa sofrer alterações nas estratégias aplicadas, principalmente em anúncios pagos, onde o volume de dados processados é muito maior. Para saber mais sobre o assunto, continue a leitura!
Papel da empresa
Um ponto que vale a pena ressaltar, diz respeito às responsabilidades e obrigações do Facebook e das empresas. Dependendo das circunstâncias, o aplicativo pode ser o controlador – quem manuseia, usa e trata os dados – ou o operador – quem processo os dados para o controlador.
Quando o negócio se torna controlador de dados, precisa redobrar sua atenção, pois passa a ser o responsável legal em informar com transparência aos titulares o que está acontecendo com suas informações pessoais e, assim, recolher a autorização devida.
Anúncios segmentados
A personalização é uma das principais estratégias do marketing, e os anúncios no Facebook são um ótimo exemplo disso. O canal ainda usa informações dos usuários com base na sua jornada para melhorar a experiência, mostrando apenas campanhas conforme seus dados demográficos e dependendo do seu comportamento online.
Com a nova lei, a plataforma passará a mostrar aos indivíduos quais das suas informações pessoais são armazenadas, e claro, pedir a permissão para que isso aconteça, podendo ser recusada a sua utilização.
Geração de Leads
Aumentar o número de leads é o objetivo de toda organização. Se isso acontecer dentro do Facebook, é preciso saber que ambos precisam ser transparentes com os titulares, pedindo permissão para que os dados sejam usados e para qual a finalidade.
Nesse caso, se o propósito é reunir uma base de pessoas para receber promoções, não poderá ser enviada outros tipos de mensagens com cunho diferente do que o sinalizado e validado inicialmente.
Pixel
O código de pixel muito usado em publicações patrocinadas, aciona o Facebook assim que alguém visita o site específico para mostrar a campanha. Com a LGPD, é necessário pedir o consentimento dos titulares para que deixem o canal rastrear sua atividade.
A lei determina que esse papel de controlador fica com a companhia, portanto, é preciso constar uma atualização dos termos de uso e privacidade nas páginas web para pedir o consentimento.
Remarketing
Direcionar a publicidade apenas para quem já interagiu com a empresa na internet é uma técnica muito utilizada e chama-se remarketing. Assim como na segmentação dos anúncios, o remarketing também precisa de atenção para ser colocado em prática.
Ao usar informações de uma página no seu site sobre um produto ou serviço e enviar para o Facebook melhorar as campanhas, a organização atua como controladora de dados e deve informar aos usuários sobre o armazenamento e compartilhamento de cookies do site para outro meio, além do uso desses.
Como vimos, existem muitas partes em que a LGPD e o uso do Facebook confrontam, sendo preciso fazer as devidas alterações. Para saber se existem outras ações para serem adaptadas, pense nos princípios da nova lei, como transparência, necessidade, segurança, livre acesso e não discriminação.
Quer saber mais sobre a Lei Geral de Proteção de Dados? Então descubra como enfrentar os desafios do marketing com a LGPD e melhore sua performance.
