Muitas empresas coletam e utilizam dados pessoais de forma indiscriminada, tornando os usuários alvo de interesse para potencializar compras. No entanto, esse recolhimento indevido está com os dias contados com a Lei Geral de Proteção de Dados, que entrará em vigor em janeiro de 2021. A LGPD e o uso do WhatsApp serão tema desse post para que conheça um pouco mais sobre o tema.
Essa nova legislação impactará o marketing offline e online, deixando muitos profissionais confusos sobre o que fazer nas redes sociais, como o WhatsApp. Afinal, qual a relação entre a LGPD e o uso desse canal?
Se você não sabe quais cuidados tomar para continuar usando o aplicativo como meio do seu planejamento e não ser punido pela lei, fique tranquilo. Preparamos este post para dar dicas dos primeiros passos no uso correto do WhatsApp conforme as normas estabelecidas. Quer saber mais? Confira a seguir!
Envio de conteúdo e promoções
Um dos princípios para a adequação da LGPD é a transparência, que diz respeito a forma como é realizado a coleta e uso dos dados, além da finalidade clara. Esse é o primeiro passo para começar a usar as redes sociais de maneira correta.
Em seguida, se o titular consentir o uso, é preciso entender que as promoções ou envio de conteúdos só podem acontecer com base na autorização dada para este propósito. Assim, se o número do WhatsApp for coletado para receber materiais informativos, esse mesmo usuário não pode receber promoções ou outras mensagens diferentes, desde que haja outra solicitação.
Estabelecimento de comunicação
Assim que uma pessoa concede os seus dados, esses mesmo não poderão ser usados de forma indiscriminada. Por exemplo, uma clínica não pode repassar ou usar informações sobre o estado de saúde de alguém ou dos seus familiares para fins lucrativos.
É muito comum vermos instituições de saúde promovendo descontos ou outras condições conforme o histórico dos pacientes, mas isso não será mais permitido. É claro que, em casos que um tratamento foi interrompido poderá haver um contato sugerindo retorno, mas fica caracterizado como ato ilegal sugerir isso com base em dados muito antigos.
Armazenamento e segurança das informações
Sabemos que o aplicativo possui criptografia de ponta. Mas as informações trocadas não estão livres de serem vazadas ou roubadas, especialmente quando são armazenadas por um longo período, em nuvem e sem senhas.
A partir do momento em que a LGPD entrar em vigor, será necessário prestar mais atenção quanto à segurança desses dados e garantir sua proteção por meio de senhas e autenticação de dois fatores, além de excluir o que for identificável como pessoal.
Isso incluí não apenas as conversas, como também o número das pessoas que apenas tiraram dúvidas ou pediram orientações, mas não deram licença para manter um diálogo posteriormente. Até quem optou por dar o endereço da residência para um delivery, por exemplo, terá que ter esse dado excluído em seguida.
Registro de tratamento
Uma das regras da LGPD é obrigar as empresas a manter um registro sobre as operações de tratamento dos dados pessoais e nomear um ou mais encarregados para fazer essa tarefa, tanto de registro quanto de manuseio. Desse modo, apenas quem for encarregado para o cargo pode ter acesso a esses dados, até mesmo para garantir maior segurança.
Saída da base de leads
Assim como a pessoa consentiu o uso do seu número para entrar em contato em alguns casos, a empresa precisa deixar claro que ela pode sair quando quiser da lista de transmissão e de maneira fácil. Essa saída significa que não podem mais ser estabelecidas qualquer tipo de comunicação, nem mesmo para que os indivíduos voltem a comprar novamente.
Não ficar atento à LGPD e o uso do WhatsApp pode gerar erros que levam às sanções, advertências e multas. Por isso, saber como atuar nessa rede social perante a regulamentação é essencial para os negócios de todos os nichos, desde um pequeno delivery até uma clínica médica renomada. Felizmente, agora você já sabe como utilizar o canal adequadamente!
