A Lei Geral de Proteção de Dados traz consigo muitas mudanças em todos os segmentos, níveis operacionais e serviços. Para os médicos com seu próprio ambiente de consultas, saber sobre essa legislação e como ela afeta as suas estratégias de comunicação é essencial para obter sucesso nos resultados do negócio. Pensando nisso, elaboramos este artigo para você saber como adequar o Marketing do seu consultório para LGPD. São ações pequenas e fáceis de serem efetuadas, mas a maioria dos profissionais nem se quer começaram a pensar nas suas adaptações. Acompanhe até o final e se prepare para ficar em compliance!
O que diz a Lei Geral de Proteção de Dados?
A lei, criada em 2018 e estendida para entrar em vigor em 2021, surgiu para garantir aos usuários o conhecimento do uso dos seus dados pessoais e sensíveis. Nesse sentido, eles podem revogar a sua utilização e, ao mesmo tempo, impedir o uso indiscriminado pelas empresas.
A LGPD foi feita sob 10 princípios, mas três deles merecem destaques quando falamos em marketing: transparência, consentimento e finalidade. Isso é ainda mais forte na comunicação feita em consultórios clínicos, pois há um volume muito grande de informações dos pacientes e leads gerados.
A LGPD pode limitar o Marketing do seu consultório?
Como o Marketing é baseado em muitas informações particulares para segmentar a base e direcionar campanhas assertivas, a LGPD pode influenciar a mudança de muitas ações, em especial aquelas em que os indivíduos não sabem do uso dos seus dados para esta finalidade.
Em consultórios, o marketing lida frequentemente com informações sensíveis (como estado de saúde) e, por isso, sofrerá algumas alterações na maneira em como é feita a captação e tratamento desses dados. Afinal, qualquer vazamento deles pode colocar em jogo a imagem do negócio.
O foco da nova legislação é dar o direito aos titulares de saberem quando os seus dados são levantados, por quem, para que e qual a duração. Por isso, é preciso repensar o planejamento sempre considerando a clareza no que é feito.
Como adequar o Marketing do seu consultório para LGPD?
Até agora você entendeu o impacto direto que a Lei Geral de Proteção de Dados tem sobre o marketing no seu trabalho, mas como enquadrar as tarefas do dia a dia em conformidade com as regras? Confira a seguir:
Em relação às redes sociais
A LGPD responsabiliza quem instala cookies para coletar dados das pessoas. Essa ação é muito feita em campanhas de remarketing dentro do Facebook, ou Google por exemplo. Para evitar problemas, recolha apenas as informações extremamente necessárias para a manutenção da sua página ou empresa, e não se esqueça de avisar os indivíduos da captação dos seus dados e lhes oferecer o consentimento de aceitar ou não.
Em relação ao site
Toda clínica ou consultório particular deve ter um site médico para embasar suas estratégias e converter em mais leads. No entanto, será preciso mudar algumas ações feitas nesse âmbito, a começar pelas políticas de privacidade, uso de arquivos com informações dos visitantes, atendimento e formulários, como de contato ou mesmo para download de materiais.
Nesse caso, também é obrigatório informar de forma clara o recolhimento das informações e, além disso, pedir o consentimento para tratá-las e armazená-las. Isso sem mencionar a necessidade de criptografar os dados, para não serem interceptados, pois a LGPD determina a garantia Privacy By Design (Privacidade Desde a Concepção).
Em relação aos anúncios pagos
As mídias pagas são outro aspecto a ser adequado. Em geral, a segmentação das campanhas, como do Google e Facebook, são realizadas a partir das informações pessoais coletadas nos cookies dos sites. Nesse sentido, é primordial avisar aos usuários dessa utilização e pedir concessão, mostrando os benefícios dele receber apenas anúncios personalizados.
Em relação ao e-mail marketing
Uma das técnicas mais utilizadas pelos profissionais de todo segmento, inclusive da saúde, é o e-mail marketing. Para ajustar a transmissão do seu conteúdo nesse canal, é preciso, sobretudo, atualizar sua lista para saber quem se interessa por receber suas mensagens e quem não.
Após recolher todas as permissões, seja claro ao informar para qual finalidade os dados serão utilizados, se serão armazenados e por quanto tempo. Além disso, diga ao lead a possibilidade de revogar sua decisão e que ele só receberá materiais para o que ele consentiu.
Em relação às landing pages
Formulários para captação de pessoas interessadas em suas soluções são muito comuns para estabelecer uma comunicação contínua. Assim como o e-mail marketing, você pode continuar com suas landing pages, seja para uma lista de newsletter ou para outros objetivos. Porém, não se esqueça de ser transparente, pedir consentimento e facilitar a saída da base.
Com todas essas dicas de como adequar o Marketing do seu consultório para LGPD não tem erro. Você pode oferecer o melhor atendimento aos seus pacientes e leads, sem incomodá-los, pois, em cada etapa, é necessária a permissão deles para manter uma relação constante. Tudo isso, sem deixar de estar em conformidade com a lei. Quer entender mais sobre como esse setor pode sofrer mais alterações com a regulamentação? Então, leia e aprenda mais sobre o que a LGPD muda nas estratégias de marketing.
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