A Lei Geral de Proteção de Dados possui uma grande abrangência, pois todas as empresas ou profissionais liberais coletores de dados pessoais, serão atingidos pelas novas normas com relação ao tratamento dessas informações. Diante disso, você sabe como implantar a LGPD para clínicas?
As clínicas deverão redobrar os cuidados com os dados dos seus pacientes e colaboradores, principalmente porque lidam com identificações sensíveis – aquelas que podem produzir efeitos danosos a um indivíduo, como seu histórico de saúde.
Desta forma, saber como implantar a LGPD para clínicas é uma necessidade para colocar maiores restrições ao manusear os registros armazenados. Neste artigo, você confere como fazer isso da melhor maneira!
Como funciona a LGPD?
A LGPD já está em vigor, e quem não se adaptar a ela sofrerá com as consequências impostas. A primeira delas são os pacientes insatisfeitos que buscam por seus direitos na justiça, que por sua vez pune as empresas com multas e sanções.
Apesar de parecer mais uma obrigação, é excelente para aumentar a segurança e garantir a integridade das informações geradas, captadas ou transmitidas. Esse é um dos direitos dos cidadãos com a nova lei.
Por que implantar a LGPD na clínica?
A implementação da LGPD não pode ser vista como um obstáculo difícil de ser superado ou uma forma de evitar penalidades. Pelo contrário, deve ser trabalhada para trazer mais transparência, ética, boas práticas e compromisso com a segurança dos pacientes.
De quebra, estar de acordo com a lei, resulta ganhos de credibilidade para a instituição, além de vantagem competitiva, afinal, as pessoas passam a confiar mais no seu negócio do que dos concorrentes.
Como implantar a LGPD para clínicas?
Adaptar-se à Lei Geral de Proteção de Dados é uma tarefa que exige pensar de forma estratégica em todos os pontos que lidam com os dados pessoais e sensíveis. É preciso trabalhar com:
Revisão de políticas existentes
Antes de mais nada, faça uma varredura em todas as etapas coletoras de dados dos pacientes, desde a recepção, até o prontuário médico. Tudo deve ser escaneado para identificar gargalos existentes, como riscos envolvidos no trabalho, tecnologias obsoletas, métodos frágeis, marketing indiscriminado, entre outros fatores.
Política de proteção de dados
Todos os processos precisam ser seguros. A criação de uma proteção é indispensável para que não haja acessos indevidos de terceiros, que possam violar os dados e prejudicar a clínica. É preciso uma atualização em todas as etapas de coleta e armazenamento. Diante disso, o uso de tecnologia é a melhor solução para assegurar a privacidade através de recursos como criptografia, autenticação de dois fatores, armazenamento na nuvem, etc.
Conscientização
De nada adianta você preparar todos os seus processos com a mais alta tecnologia, mas não trabalhar e orientar a sua equipe. Eles precisam de treinamento para saber o que fazer no dia a dia e frente aos possíveis imprevistos.
Sua secretária, por exemplo, precisa saber o que fazer no momento do cadastro. É necessário, sobretudo, que ela informe sobre tudo o que acontece com as informações dos pacientes e solicitar a autorização deles para coleta, manuseio, compartilhamento e armazenamento.
Adoção de planos de contingência e ação
Mesmo com toda a segurança, pode haver ataques ou violação de seu conteúdo. Por isso, ter um plano de contingência e ação é primordial para saber o que fazer com relação a esses problemas. Esse documento deve detalhar todas as ações necessárias após alguma falha, até mesmo em quanto tempo o responsável pelos dados deve informar a agência reguladora (ANPD).
Esses são alguns passos de como implantar a LGPD para clínicas, exigindo uma preparação tecnológica, comportamental e estratégica, com a aplicação de uma nova cultura na empresa. Agora que você tem esse conhecimento, já pode começar suas mudanças quanto antes.
Saiba mais sobre a Lei Geral de Proteção de Dados, conheça 3 perguntas e respostas sobre a lei na área da saúde e aprofunde-se.