As instituições de saúde de todo o mundo precisam coletar dados dos seus pacientes na rotina diária de atendimento, para oferecer a melhor solução e tratamento. De dados pessoais, como nome e endereço, a histórico de saúde, muitos desses dados são considerados sensíveis, por isso, é urgente que os profissionais conheçam a LGPD para clínicas de Medicina da Família.
A Lei Geral de Proteção de Dados já passou a vigorar e trouxe cuidados específicos na saúde. Para ajudar você a guiar seus processos médicos em relação aos dados pessoais dos indivíduos, preparamos este artigo com os principais pontos sobre o assunto. Veja!
A importância da LGPD para clínicas de Medicina da Família
A LGPD é essencial para todos os tipos de empresas que lidam com consumidores, inclusive com pacientes, como uma clínica de Medicina da Família. Afinal, para que a instituição funcione, é preciso armazenar as informações dos titulares, como nome, números de documentos, telefone, estado de saúde, etc.
Em quase todos os casos, esses dados são sensíveis, ou seja, sobre doenças, alergias, tipo sanguíneo, entre outros, que podem levar a discriminação do cidadão, se vazados. A nova lei visa evitar que esses dados sejam vazados, causando sérios problemas para os pacientes.
Qualquer vazamento ou fraude pode incorrer em punições para a clínica, que variam de acordo com a gravidade do problema. Entretanto, a punição não é o único desafio. Você deve oferecer um atendimento mais cuidadoso e responsável aos pacientes, inclusive, para ajudar na fidelização deles. Por isso, a LGPD é tão importante para os negócios.
O que muda na prática com a LGPD
A adaptação à nova lei é de suma importância, pois cada pessoa terá direitos sobre suas informações. Isso significa que para coletar, usar, armazenar e compartilhar quaisquer dados, deverá ter autorização do titular, seja na agenda médica, prontuário ou ações de marketing, seja de forma física ou digital.
Esse consentimento deve ser dado por vontade própria, portanto, não são mais aceitas as caixa pré-marcadas no ambiente online. No entanto, o paciente pode assinar na clínica, receber via e-mail ou marcar uma caixa de seleção.
Também é de direito do indivíduo solicitar a exclusão, alteração ou atualização do que quiser, a qualquer momento. Cabe à empresa atender a esse pedido quanto antes, dentro do prazo estabelecido pela lei.
Se engana quem pensa que a LGPD para por aí. De acordo com as regras, também é preciso garantir a segurança das informações, ainda mais se tratando da Medicina da Família que cuida de um indivíduo a vida inteira, guardando vários dados. Por isso, investir em senhas, criptografia de ponta e outras tecnologias é mais que fundamental para assegurar a proteção.
O cuidado com as redes sociais também deve ser mantido. Uma mensagem com informações clínicas enviada de forma equivocada para outro usuário pode ser a chave para problemas futuros. O controle para o compartilhamento dos pacientes deve acontecer em meios de comunicação adequados, para não correr riscos.
Orientações sobre como manipular e armazenar as informações pessoais
Embora nossas dicas até aqui tenham sido claras sobre a LGPD na prática, separamos outras orientações para serem seguidas quanto a manipulação e armazenamento de dados pessoais e sensíveis. São elas:
- Ao terceirizar alguns serviços da clínica, tenha um bom gerenciamento de dados com segurança contra ciberataques, vazamentos e criação de backups.
- Quando trabalhar com sistemas de telemedicina, garanta uma codificação que somente profissionais autorizados possam acessar certas informações mais sigilosas;
- Recolha apenas o que for necessário para as operações, pois assim, haverá menos identificações para armazenar e assegurar a privacidade;
- Treine todos os seus funcionários para que entendam sobre a responsabilidade de lidar com esses dados sensíveis e pessoais, além disso, forneça senhas diferentes para cada um, com propósito de identificar os responsáveis por possíveis erros.
A LGPD para clínicas de Medicina da Família acontece igualmente aos outros tipos de negócios. A única diferença é que lida com um volume maior de dados sensíveis e, por isso, precisa de atenção redobrada com as condutas vistas nesse artigo.
Vale lembrar que este post é meramente informativo e não prestamos consultoria jurídica. Mas, se você quer entender sobre LGPD no âmbito do marketing, confira nossa série de conteúdos que contribuirão para seu aprendizado.